sábado, 7 de novembro de 2009



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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Under the weather


Parece que está na moda falar da chegada dos dias frios, do padrão multicolor das folhas que enfeitam as ruas ao sabor do vento gélido que já se sente nas manhãs e que nos deixa aquela estranha sensação de nariz congelado. Não vou ser excepção, vou falar deste tempo que nem a todos desperta o mesmo conforto.
Como diz Carlos Nobre, o melhor passeio nesta altura é entre o quarto e a sala. É desfrutar do calor de uma lareira, do conforto do sofá e dos mil e um sabores de chá. Eu, por minha vez, adoro passear debaixo da chuva " molha tolos", ouvir Diana Krall,sentir os pés gelados,observar a neve a instalar-se nas montanhas e planear jantares em casa.Quem não se sente bem em casa nesta altura?
Desfrutar de bons passeios na praia que nesta altura apenas é visitada pelos surfistas. Sair de uma sessão de cinema e desejar encontrar o carrinho que espalha o aroma a castanhas assadas pela cidade. Ou ansiar que haja uma gelataria com mil e um sabores de granizados, sabem muito melhor nesta altura.
As pessoas começam a ficar mais deprimidas, melancólicas e até entendem quando dizemos que não queremos sair de casa porque o "está a chover" se torna numa desculpa fantástica e ninguém se contrapõe.
Nós estudantes, enchemos os cafés ou as nossas casas nas jornadas de trabalhos e de estudo, porque confessemos... não há melhor altura para desfolhar resmas de folhas, e mesmo que seja a cadeira mais "secante"... lá fora está a chover ou um frio descomunal.
Não tarda nada e o espírito natálício, não o verdadeiro, o comercial, dá luz e beleza às nossas cidades.
As boas-vindas à época do ano mais doce!

domingo, 18 de outubro de 2009

Movimento cobardio

Reconhecem a sensação de parar no tempo e estar em território neutro, em faixa branca, em que tudo em redor se move aos nossos olhos em câmara lenta e grita em vozes surdas?

Ouvir e calar, Ver e não comentar, sentir e ser indiferente. Estar presente é,a meu ver, escutar, comentar, sorrir das dezenas de situações de que me apercebo de uma mera observação. Estar presente é proteger o que e quem gosto, semear sorrisos, plantar pontos de abrigo, fazer nascer a vontade de ouvir mesmo quando a vontade é oposta. Mas...se houvesse este tipo de eleições votaria em Movimento Cobardio por considerar que ser cobarde a estar presente é cada vez mais o futuro.

Reconhecem a sensação de não poder ser livre de expressão?

A probabilidade de haver um mal entendido aumenta cada vez que espontaneamente disparamos o que pensamos e não usamos o filtro que deveria existir bem atrás das nossas línguas. Acrescentando o facto de ser impossível viver num mundo de verdade. As pessoas adoram afirmar que preferem a verdade mas detestam ouvi-la e vivê-la.

Reconhecem a sensação de saber que poderíamos resolver um mal entendido mas simplesmente não queremos ser o primeiro a ceder culpas?

A isso chamamos orgulho. Perdemos pessoas por mero orgulho e não sabemos explicar o porquê de nos sentirmos amarrados a esse sentimento, embora arranjemos desculpas para o justificar.

Durante a nossa vida aprendemos milhares de coisas, mas ainda não aprendemos a viver com pessoas nem como pessoas.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Yes, we can!



Sem dúvida, um discurso político positivista e esperançoso que relembra o sonho de infância em que a nossa pequena valentia nos fazia acreditar que éramos capazes de mudar o mundo... Porque já deixámos de acreditar, já desacreditamos o nosso pequeno grande poder, mas... "YES, WE CAN!".


" Yes we can to justice and equality. Yes we can to opportunity and
prosperity. Yes we can heal this nation. Yes we can repair this
world. Yes we can."

"We know the battle ahead will be long, but always remember that no
matter what obstacles stand in our way, nothing can withstand the
power of millions of voices calling for change."

sábado, 22 de agosto de 2009

Lugares reservados

http://olhares.aeiou.pt/the_future_foto142330.html


Por vezes, quando as pessoas se tornam especiais reservamos pequenos lugares no nosso coração para que os possam visitar. Acontece que quando as pessoas se tornam assíduas e as suas visitas são cada vez mais frequentes, há a necessidade de mais espaço. Então, remodelamos aquele espacinho e ajeitamo-lo bem ao jeito dos nossos hóspedes. Ajeitamos uma almofada para que sonhem, desabafem e desfrutem dela.Criamos um ambiente confortável.
Com o tempo, deixamo-los livres para decorar o nosso próprio espaço, livres para pegar em qualquer coisa que gostem, sem exigir que devolvam. Deixamo-los livres de entrar e sair sempre que o desejem.
A luz fica sempre acesa.
Quando pensam em deixar de frequentar aquele espacinho, tudo o que mais desejamos é que não o deixem sujo com nódoas difíceis de remover.
Quando regressam, a luz continua acesa,mas quando não voltam o pó toma conta daquele lugar tão especial. Mesmo assim, continuamos a esperar, continuamos na expectativa de um dia voltarem à sua almofada, até que chega o dia em que sabemos que tal não acontecerá. Então, resta-nos fazer uma pequena limpeza e recordar, guardar o que é bom de guardar,desligar a luz e fechar a porta. Talvez um dia alguém ocupe aquele lugar.

Obrigada a todos aqueles que me deram um pequeno abrigo, um refúgio, um porto seguro, uma almofada amiga e me deixaram sempre a luz acesa.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Palavras


Articulamos letras e expelimos palavras dentro de uma lógica frásica, estabelecemos conversas, discussões, rebentamos emoções. Mas, há vezes em que as palavras apenas saem de um movimento involuntário, esvoaçam até estilhaçar os olhos, alentam o coração, pesam na cabeça e desenrolam momentos de silêncio. Silêncio barulhento que nos incomoda e abre páginas em branco pela noite fora. Este talvez seja um dos sintomas mais evidentes da " dor que desatina sem doer".
As palavras gerem a vida. Um "sim" ou um "não", três simples letras com um valor desigual, geram movimentos opostos nas nossas vidas. Palavras comprometem, responsabilizam, identificam, desvendam, mentem, oferecem,... Não escapando os "não" que escondem um "sim", ou vice-versa.
Hoje, apercebi-me da importância das palavras, como de uma pequena conversa nasce uma grande amizade, como de um simples comentário surge uma batalha, como de um "sim" nos comprometemos. Hoje, apercebi-me que o mundo gira em torno de palavras, de gestos, de atitudes.
Hoje... quis parar de pensar, mas na verdade, só consegui parar de falar.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Bomba relógio



Letra de Sérgio Godinho, cantado por Cristina Branco

sexta-feira, 3 de julho de 2009

A efemeridade das coisas.




Sopro... não sopro... !?

O vulgarmente conhecido por,Dente de Leão, tem uma vida efémera, mas a sua vida algo é significativa, as suas sementes disseminam-se facilmente ao tom do vento e germinam em outros lugares.

Não controlamos a efemeridade das nossas vidas mas temos poder sob as nossas acções... decidimos entre ter um porto seguro, algo a preservar, e de repente deixar que tudo se dissemine no ar como pequenas partículas esvoaçantes.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Passos em volta


Quando sentimos que temos todo o nosso ser sob um fio, quando para trás temos um porto seguro e para a frente temos uma infinidade de possibilidades.
Procuramos...
... Manter o equilíbrio para não tombar para os lados (na indecisão do lado a optar) , para não ficar suspenso. Porque nem sempre temos uma rede segura que nos agarre e proteja.
... Respirar para não entrar em pânico, para sentir tranquilidade e procurar algo que nos ajude a colocar pé ante pé sobre o fio.
... Olhar para a frente com assertividade, porque se olharmos para baixo perdemos a confiança, ganhamos o medo e lembramo-nos do caos calmo que vivemos naquele preciso momento.


Quem não se sentiu um dia, com a certeza de que ia tombar, mas não sabia para que lado?


Quem não ficou um dia suspenso?


Quem não reclama o caos calmo da sua vida?
Por entre os "recortes do tempo" que vasculho na caixa de sapatos, surge num post-it verde a frase
"Quem quer arranja Maneira, Quem Não quer arranja Desculpa."
recorda a ladainha " Agora não que eu acho que não posso"
recorda o "Vão sem mim que eu vou lá ter"
o "Agora sim, damos a volta a isto"
o " Estou aqui, abre a porta"
P.S.: Obrigada.

domingo, 14 de junho de 2009

A verdadeira rezinguice

Hoje vou dedicar um curto espaço de tempo para falar de rezinguice. Muito bem! , rezinguice, é a capacidade ou o acto de ser rezinga. Mas o que é ser rezinga?
Sabem aquelas pessoas que num espaço de 10 minutos, nem tanto, não evitam dizer o quanto odeiam, o quanto menosprezam a vizinha, o colega, ou um ou outro indivíduo que simplesmente tem um modo de vida, um pouco... vamos-lhe chamar de..."diferente"!? Ou aquelas pessoas que estão no seu ritual de café depois do almoço ou do jantar e têm a delicadeza de criticar minuciosamente a empregada que vem com muita simpatia servi-las à mesa. Ou o café está demasiado queimado, ou o pires está vergonhosamente encharcado de café, ou a antipatia e rudez com que colocou as coisas em cima da mesa (que, por acaso estava suja e peganhenta), ou porque naquele dia vinha mal aprontada... e portanto, como não podia deixar de ser, estes factos devem ser observados e explicitamente comentados, não sejam os rezingas portugueses. Português que é português não tolera estes pequenos pormenores ( pequenos, como quem diz!)!!
Isto para não entrar na conversa da condução nas estradas portuguesas, na qual entrariam os passeios de Domingo à tarde, em que as pessoas gostam de tirar o carro da garagem e irritar pessoas que até são bem intencionadas e com bom coração, mas que quebram a paciência com a lentidão da marcha, com o "parvalhão" que não passou no amarelo e as fez ficar mais um minuto parado no sinal vermelho (amigos, tempo é dinheiro, há que compreender), ou o "tal" que decidiu colocar-se em marcha de passerelle na passadeira ( mais vulgarmente conhecida como passagem de peões). Não entremos por aí...Porque quando se fala em Domingo, vem à memória as cerimónias matinais e religiosas que fazem com que o despertador toque mais cedo para que marquemos a presença num local em que toda a gente da aldeia se encontra, e convive no final. Este "convive no final" implica falar mal da filha da Maria que ontem chegou a casa às 6 da madrugada, falar mal da Ti Glória, que coitadinha criou os filhos e agora só lhe querem a fortuna, entre outras... Isto é tudo aquilo que um padre deseja depois de "orar às suas ovelhas"!
E já se perdeu o conceito de rezinga no meio destas "piquenas" observações... Mas rezinga que é rezinga está no meio desta gente do corte e costura e não consegue, um segundo sequer, estar bem com o mundo, porque o seu dever de estar sempre atento aos erros dos outros é demasiado importante.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

take a minute
and

breath deeply



fonte: http://olhares.aeiou.pt/yoga_14_foto167813.html

terça-feira, 31 de março de 2009

Portrait



"Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte, (...)"


"(...) E os meus olhos serenos, enigmáticos
Meninos que na estrada andam perdidos,
Dolorosos, tristíssimos, extáticos,
São letras de poemas nunca lidos..."


"E a minha boca tem uns beijos mudos...
E as minhas mãos, uns pálidos veludos,
Traça gestos de sonho pelo ar..."


de sonetos de Florbela Espanca

sábado, 28 de março de 2009

Aprender a controlar...



o Simples que complica, o Jeito que se Desajeita...

ou...

... A confusão que Me vira do Avesso.