domingo, 12 de junho de 2011

Estou de volta.

Inspirar.

Um, dois…

Expirar.

Três, quatro..

Inspirar.


Dentro de água sinto a leveza do todo o ser, o alentar do corpo quando a respiração falha, o batimento cardíaco que aumenta, a vontade de viver, de vir ao de cima e inspirar, a vontade de expelir tudo o que há a mais numa, em duas ou três braçadas. Acelero o ritmo, sinto toda uma vida sob uma linha de água. Mergulho até ao fundo, fecho os olhos, estico os braços e entrego-me ao movimento das pernas, até onde me deixo. Venho ao de cima, e respiro toda a calma que um simples inspirar me oferece. Quero abrandar. Não consigo. Paro, debruço-me sobre os joelhos e vem ao de cima a fraqueza. Recuso-me. Conto mais uma dezena de piscinas. Agora sim… Deleito-me sobre a água e sou simpática para comigo mesma, desfruto do quão relaxante se torna reviver pedaços de vida a cada inspiração, matar pedaços de nada, pensar em hoje e no amanhã a cada braçada. O mundo ficou mudo para mim, só ouço o meu respirar, as vozes de quem a minha mente busca por uma ou outra razão, ou por razão alguma. Sinto a pressão da água do chuveiro na nuca e desperto, recupero os sentidos perdidos…ouço os gritos dos miúdos, os apitos das aulas de competição, vejo o movimento desenfreado de braços e pernas que tomam conta de uma única pista, olho o relógio e ganho noção do tempo. Estou de volta.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

When I move..



"Every move starts the next one. And when you move...you feel unstoppable"

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Sorry, I'm Late

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Deixem que vos conte..

No fim do dia, a porta fica fechada com 3 voltas, o mundo lá fora não passa do vento que passa, da paisagem que os vidros espelham, dos desejos que as paredes persentem... a voz da saudade é tão aguda que ultrapassa os km de distância e faz zumbido nos ouvidos dos demais, que por aí a ouvem. A companhia do jantar é o vinho que desta vez decidi experimentar.. Mais ao entardecer, entoa o som do chuveiro pelo vazio da casa... A luz do hall de entrada acompanha o receio de cerrar os olhos.
Fazem falta os abraços, os passeios, as conversas, os cafés que se tornavam na desculpa ideal para tudo isto, faz falta a vida social.Faz-me falta a tua presença,tu, ela, ele, vocês. Faz-me falta sentir que tenho alguém para disparatar, para chatear, para partilhar os bons momentos que me vão conquistando.
Começo a perder-me entre as ruas de Albufeira, a desvendar o que realmente é Albufeira! Começo a descobrir os bares do costume, o fascínio de ir ao shopping, a familariedade ao entrar na Fnac, ganho o vício pelos Tandori... encontro-me por aqui e ali neste emaranhado de prazeres que é esta cidade. Começo a conhecer as demais praias que tanto desejo pisar nos dias em que o calor aperta e estou a trabalhar.
O algarvio já começa a desenrolar-se nos meus lábios de quando a quando, agora já não é "um fino", mas sim "uma imperial", agora já não é "porra", mas sim "cacete". O termómetro sobe a pique,ao fim do dia é bom desfrutar de um mergulho... As noites convidam a abandonar o quente infernal que se faz sentir dentro de casa, e a visitar as ruas que oferecem o seu melhor... subo ao terraço e fico a olhar o movimento crescente.
De manhã, volta tudo ao mesmo, mas com mais vontade agora, já que o tempo trouxe novas formas de estar das quais hei-de sentir também saudade.

Saudade!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Um pequeno recorte



Recordo hoje o dia em que ia a passear no Rossio de Viseu e ouvi um som que os meus ténis seguiram. Descobri um palco...De repente, senti os pés a querer saltitar, o corpo a querer balançar, mas começou a chover :( quis lá eu saber da chuva! =)Dei conta de mim a dançar não sei como, no meio de não sei quem... Sei que gostei, sei que hoje recordo com alegria os passos desengonçados, os movimentos descoordenados, os sentidos que esta música me despertou.

domingo, 28 de março de 2010

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Women



Gosto de pensar que nós, mulheres, por mais diferentes que sejamos, loiras ou morenas, equilibradas ou malucas, sensíveis ou duronas, partilhamos todas de pequenas coisas.

Tenho a certeza que todas vocês reconhecem as típicas situações que nos embaraçam quando desvendadas por outrem… situações como desdobrarmo-nos em sorrisos quando pegamos no telemóvel, darmos connosco próprias a olhar para o vazio que ocupamos recordando sorrisos, palavras, gestos, promessas, olhares, … , chegar a casa aterrar na cama, morder os lábios e sorrir desmesuradamente agarradas à almofada, … ou situações como episódios esporádicos de mau humor, sem justa causa, que na sentença final dão silenciosamente como culpada a ausência de atenção, a ausência de os sentirmos presentes das mais variadas formas.

Como detestamos colocar toda a nossa sensualidade, feminismo e fragilidade em cima de uns saltos altos, dentro duns jeans bem apertados e duma camisolinha bem arrojada, por entre o cabelo solto, e os pormenores da maquilhagem (ou não) e não roubar um sorrisinho que seja, ou não chegar a sair, ficando a fazer zapping até “arrepiar os nervos”, ou não receber sequer um “ Como estás bonita!”. E dizem eles, que somos complicadas, quando pedimos tão pouco =P

Porque se há coisa que nos une é o sentimento que nos atrai ou repele do sexo oposto. Tanto nos juntamos para partilhar uma série de adjectivos exageradamente qualificados, como para “esmiuçar” a sua falta de jeito, originalidade, etc. , para nos cativar.

Gosto de pensar…somos mulheres e basta! Gostamos do mais pequeno pormenor, tal como adoramos falar de tudo e mais alguma coisa, e quando é para votar a baixo, juntemo-nos nós =)