
Articulamos letras e expelimos palavras dentro de uma lógica frásica, estabelecemos conversas, discussões, rebentamos emoções. Mas, há vezes em que as palavras apenas saem de um movimento involuntário, esvoaçam até estilhaçar os olhos, alentam o coração, pesam na cabeça e desenrolam momentos de silêncio. Silêncio barulhento que nos incomoda e abre páginas em branco pela noite fora. Este talvez seja um dos sintomas mais evidentes da " dor que desatina sem doer".
As palavras gerem a vida. Um "sim" ou um "não", três simples letras com um valor desigual, geram movimentos opostos nas nossas vidas. Palavras comprometem, responsabilizam, identificam, desvendam, mentem, oferecem,... Não escapando os "não" que escondem um "sim", ou vice-versa.
Hoje, apercebi-me da importância das palavras, como de uma pequena conversa nasce uma grande amizade, como de um simples comentário surge uma batalha, como de um "sim" nos comprometemos. Hoje, apercebi-me que o mundo gira em torno de palavras, de gestos, de atitudes.
Hoje... quis parar de pensar, mas na verdade, só consegui parar de falar.